sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Azulejaria Portuguesa de Estância: Beleza e degradação

Este blog tem proporcionado aos seus seguidores preciosas informações sobre nosso patrimônio natural, a postagem de hoje fará uma abordagem sobre os Azulejos Portugueses de Estância, rica herança do patrimônio material sergipano.




A Arte azulejar está presente em diversas regiões brasileiras representando um período áureo, onde o poder em muitos casos era demonstrado através da construção de imponentes casarões e sobrados, muitos se destacando pelas suas fachadas revestidas com azulejos portugueses, que além da beleza estética proporciona proteção e um clima mais ameno no interior das construções. Conseqüentemente o Brasil conta hoje com um rico acervo de azulejos que proporciona um tom clássico e colorido configurando-se em verdadeiras obras de arte expostas ao ar livre, sendo contempladas pela população local e turistas que transitam diariamente pelas diversas cidades históricas espalhadas pelo País.
Os azulejos foram aplicados nas fachadas de caprichados projetos arquitetônicos como casarões e sobrados estancianos inspirados nos estilos neoclássico, eclético e gótico. Muitas destas construções tinham dupla função, pois além de funcionar como casa comercial no térreo, tinha no pavimento superior a moradia do comerciante e sua família.
As imponentes fachadas azulejadas simbolizavam a riqueza material da fidalga sociedade estanciana, mas sua função mais nobre foi inspirar os diversos artistas, escritores e intelectuais como José de “Dome”, Gilberto Amado e Gumercindo Bessa, que caracterizam Estância como “a cidade berço” da Cultura sergipana, com sua beleza clássica e colorida, os azulejos refletem um momento de riqueza econômica e cultural da história estanciana.
Estância possui um rico acervo de azulejos, porém, encontra-se em precário estado de conservação, esta degradação não se deve apenas à ação do tempo, deve-se também à ação humana que por ignorância e em muitos casos falta de respeito perante um patrimônio histórico degradam o bem. Logo, é necessário com urgência ações de restauração, além da promoção de educação patrimonial para conscientizar a população e proprietários dos bens da necessidade de conservação, além de promover atividades que visem à valorização do patrimônio histórico que herdaram e passarão para as futuras gerações.

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