sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Desenvolvimento e preservação: como conciliar

Nos anos 70 o meio ambiente enfrentava uma imensa onda de devastação provocada pela crescente procura da sociedade por ambientes naturais em busca de lazer e interaçao com a natureza, consequentemente o setor econômico vislumbrou um vasto campo para grandes empreendimentos turisticos e comerciais . Diante de tal fato, movimentos ambientalistas se fortaleceram e iniciaram um processo de despertamento da sociedade para o uso indevido e inresponsável dos recursos naturais acionando uma reflexão sobre a relação do homem e a natureza como afirma Kinker,Sonia 2002"Nos anos 70 ,com o fortalecimento dos movimentos ambientalistas que alertavam para o mau uso dos recursos naturais a relação entre o homem e o meio ambiente começou a ser repensada" Esses movimentos alavacaram uma reavaliação do significado de desenvolvimento que ate então focalizava os aspectos econômicos como prioridade ,desmerecendo a importância do equilibrio ecossistêmico para a preservaçao da vida Wall1997 afirma"Em nível mundial , o significado de desenvolvimento evoluiu de crescimento economico para uma definição mais ampla , que inclui tambem os aspectos social e ambiental .Sua medida incorpora indicadores de pobreza , desemprego e desigualdades sociais."
O relatório recém publicado do PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – conhecido como GEO-3 (Panorama Ambiental Global), foi preparado para facilitar o balanço da saúde ambiental do planeta e estimular os debates sobre os rumos da política ambiental nos próximos anos, visando evitar desastres ambientais e seus severos impactos sobre as populações indefesas.O Relatório aponta para os principais problemas que estão afligindo a humanidade:


§A concentração de gás carbônico na atmosfera é um dos fatores que provoca o efeito estufa , o consumo crescente de combustíveis fósseis, a produção de cimento e a combustão de biomassas, nos últimos anos, causou a extensão dos danos à camada de ozônio que alcançou um nível alarmante, estimando-se o “buraco” no ano 2000, de 28 milhões de km2 somente na região antártica;
§ A crescente escassez de água potável: o desenvolvimento industrial e a expansão da agricultura irrigada verifica-se uma oferta limitada de água potável distribuída de forma muito desigual. O Relatório do PNUMA estima que 40% da população mundial sofre de escassez de água, já a partir da década dos 90. ;
§ A degradação dos solos por erosão, salinização e o avanço contínuo da agricultura irrigada em grande escala e os desmatamentos, remoção da vegetação natural, uso de máquinas pesadas, monoculturas e sistemas de irrigação inadequados, além de regimes de propriedade arcaicos, contribuem para a escassez de terras e ameaçam a segurança alimentar da população mundial;
§ A poluição dos rios, lagos, zonas costeiras e baías tem causado degradação ambiental contínua por despejo de volumes crescentes de depósitos de resíduos e dejetos industriais e orgânicos.
§ Desmatamentos contínuos – o Relatório do PNUMA estima uma perda total de florestas, durante os anos 90, de 94.000km2, ou seja, uma média de 15.000km2 anualmente, já abatendo as áreas reflorestadas. Emblemático a respeito é a devastação da Mata Atlântica da qual sobraram somente 7%, segundo levantamento patrocinado pela SOS Mata Atlântica.Uma das conseqüências do desmatamento é a destruição da biodiversidade, particularmente nas áreas tropicais.
Diante dos impactos acima relatados é notória a falta de responsabilidade e compromisso da sociedade mundial com o meio ambiente, usufruindo dos recursos naturais de forma abusiva em prol de um desenvolvimento econômico que tem enriquecido os grandes empreendedores e mantido os índice de desemprego mais baixo ,porém os recursos vitais como, água, oxigênio, alimentação vegetal e animal, sem esquecer da estabilidade climática que ocupa lugar relevante no equilibrio dos ecossistemas favorecendo a preservação da vida na terra tem sido posto em ultimo plano. Essa realidade tem despertado nos ambientalista,profissionais do turismo, principalmente os do segmento ecoturístico ,amantes da natureza e todo corpo acadêmico envolvido com os problemas ambientais , o interesse por estudos concernentes a um desenvolvimento menos impactante o chamado sustentavel na tentativa de conciliar o crescimento econômico com a preservação e conservação do meio ambiente."Sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. ABREU(2008) pontos elementares da sustentabilidade visam à própria sobrevivência no planeta, tanto no presente quanto no futuro. O desenvolvimento sustentável é fundamentado na utilização utilização de fontes energéticas que sejam renováveis, em detrimento das não renováveis como por exemplo os investimentos que vem sido adotados no Brasil com relação ao biocombustível, que por mais que não tenha mínina autonomia para substituir o petróleo, ao menos visa reduzir seus usos, considerando sempre a importância do uso moderado de toda e qualquer fonte renovável, nunca extrapolando o que ela pode render. Em um quadro mais geral, pode-se fundamentar a sustentabilidade ambiental como um meio de amenizar (a curto e longo prazo simultaneamente) os danos provocados no passado.A industria tambem pode abraçar a preservação adotando fontes de energia limpas, aproveitamento do gás liberado em aterros sanitários, dando energia para populações que habitam proximamente a esses locais, extração cem por cento renováveis de seus produtos como ocorre em algumas empresas brasileiras de cosméticos e o replantio de áreas degradadas, assim como a elaboração de projetos que visem áreas áridas e com acentuada urgência de tratamento .
Emfim , é possível o setor econômico mundial desenvolver-se conciliando seus interesses com a preservação ambiental e social reconhecendo a vitalidade dos recursos naturais e suas limitações , alicerçando-se num planejamento que não vise somente a maximização dos lucros mas tambem a responsabilidade socioambiental.





Referências bibliográficas

SWANSON, M.A .(1992) .Ecoturism:embracing the new enviromental paradigm. s.1./sn.Apud KINKER,S.Ecoturismo e conservaçao da natureza em parques nacionais.Campinas: Papirus,2005. ed.2. p.16

WALL,G.(1997)Is ecoturismo sutentable?. Environmental Managaent,n.4, v.21, p. 483-421.Apud. Ecoturismo:embracing the new enviomental paradign. s.1/sn. Apud. KINKER,S.Ecoturismo e conservaçao da natureza em parques nacionais.Campinas: Papirus,2005. ed.2. p.16

IUCN/PNUMA/WWF(1991). Estratégia mundial para a conservação. São Paulo:Cesp. Apud. KINKER,S.Ecoturismo e conservaçao da natureza em parques nacionais.Campinas:Papirus,2005. ed.2. p.16



http://www.atitudessustentaveis.com.br



ABREU,C. Disponivel em <www.espacoacademico.com.br/014/14crattner.htm.> acesso 26/11/10

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