sábado, 11 de dezembro de 2010

SUSTENTABILIDADE X ECONOMIA

SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - Parte III

Victor Soares – Jornalista

A discussão sobre a relação entre o crescimento econômico e a preservação ambiental volta à tona. A revista alemã "GEO" fez uma reportagem que indica Cuba como país de destaque em relação à preservação ambiental mundial. Tudo isso, segundo a revista, é fruto, principalmente, da falta de investimento econômico da ilha.
O exemplo ecológico cubano seria, portanto, uma conseqüência do seu desenvolvimento limitado. Os estudos da revista apontam Cuba como o único país do mundo a conseguir a façanha de obter um "desenvolvimento sustentável". Rótulo que é perseguido por todos os países de primeiro mundo, que assinam tratados e acordos, a todo o momento, em busca da preservação ambiental.
O responsável do especial da revista "GEO" sobre a ilha, Patrick Symmes, afirma que Cuba deve seu destaque ecológico "a uma mistura de política verde visionária, uma grande incompetência econômica e um toque de brutalidade vermelha."
Apesar de todo esse avanço na preservação ambiental e da biodiversidade, Cuba também possui indústrias que contam com uma tecnologia bastante atrasada, o que gera uma enorme emissão de gases poluentes. Outro dado negativo são os números que afirmam que a ilha precisa importar 80% dos alimentos consumidos por seus 11,3 milhões de habitantes. O motivo desses números alarmantes é a falta de produção no próprio país.
Notícias como essas deixam claro que há uma grande relação entre crescer economicamente e preservar a natureza. O que os países ricos dizem tentar hoje, em sua maioria, é encontrar o ponto ótimo para esse dilema.
Em nenhum momento, o investimento para aumentar as indústrias e a produção foi deixado de lado. Porém, são raros os atos efetivos contra a destruição ambiental. A preocupação parece não sair do papel.
Os últimos encontros mundiais para discutir essa questão não mereceram tantos destaques.
A esperança é que um dia os "poderosos homens" percebam que sem a natureza não há vida, não há produção, muito menos lucro. O hoje nunca será realmente bom se não programarmos o amanhã. Fica a lição. E quanto a Cuba? Quem sabe ela não está na nossa frente, em vez de atrasada, como dizem os capitalistas. Pensemos nisso!

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